domingo, 26 de maio de 2013

Contagem regressiva: 18 dias para voltar ao Brasil

"São suspiros que me envolvem e me fazem transcender. São milhares de partes desconexas de uma letra qualquer. São sussurros dos apaixonados que se encontram pela primeira vez..."

Você alguma vez já sentiu como se uma música pudesse, de alguma forma, fazer com que você estivesse em milhares de lugares ao mesmo tempo? Imagine-se correndo por estradas palarelas que se cruzam nos pontos delimitados das teclas de um piano. A música tem um papel transformador na minha vida, assim como a literatura. Algumas melodias conseguem me transmitir uma imensidão de sensações em um curto espaço de tempo, transportando-me através de acordes perfeitos. Por alguns segundos eu chego mesmo a planar no infinito. 
Se um dia você for tocado de alguma forma por uma canção, não importa qual seja, tente colocar no papel o que você está sentindo. Não são apenas os clássicos que conseguem nos atirar através da atmosfera; a atualidade está repleta de sons gritando contra nossos ouvidos e, se nos permitirmos escutá-los com mais atenção, transcendemos. 
Uma das cenas mais bonitas do meu livro - para mim - foi escrita ao som de The Climb da Miley Cyrus. Eu não costumo escutar suas músicas e o estilo da cantora não está dentre as minhas preferências, mas algo aconteceu no dia em que essa música invadiu os meus sentidos e preencheu minha mente com flashes de uma cena que agora pode ser lida em minha obra. Talvez haja um momento certo, a música certa e esteja marcado no tempo que isso vá acontecer. Ou talvez seja apenas um breve momento de abstração no qual enveredamos para experimentar a magia por trás da música. Hoje ela vem até mim através das notas serenas de Fly do Ludovico Einaudi. Sublime, apenas. 
Espero um dia poder retornar as minhas aulas de violoncelo. O único momento em que consigo ter o mesmo sentimento de libertação é quando meus dedos correm sobre o teclado. 

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